Coluna Literária
Do Fim ao Início: Uma estrutura eficaz para seu trabalho!
Escrever?
Escrever x Vender
O Que é Ser Escritor?
Antigamente, um escritor era visto como um ser quase sobrenatural, com poderes telepáticos, ou como alguém de outro mundo com conhecimentos superiores aos da raça humana como a conhecemos, e tudo isso, por conta de algumas dificuldades que eram comuns durante um grande período do século XX.
Naquela época, todo e qualquer conteúdo a ser escrito, só podia ser feito de duas maneiras: à mão e, posteriormente, datilografado. Uma vez assim composto, depois de um processo de revisão, composição e diagramação, ainda precisava ser “transcrito” mecanicamente para equipamentos da era jurássica, que exigiam a montagem das palavras letra a letra, para compor as frases e textos, que iriam gerar as formas de impressão.
Com isso, editar um livro, não era uma tarefa muito fácil, até porque também se priorizavam os livros didáticos, por razões óbvias, não apenas por serem mais lucrativos, mas também para dar suporte à educação formal do povo. Bem verdade que as escolas exigiam também a leitura de exemplares paradidáticos, mas que se limitavam aos grandes autores como José de Alencar, Machado de Assis, Castro Alves, entre outros não menos famosos.
Os tempos mudaram, a tecnologia avançou, e a velha máquina de escrever foi trocada pelo teclado de um computador, apesar da dificuldade de se escrever com editores de texto não tão confortáveis quanto os de hoje, que praticamente formatam automaticamente tudo que está sendo digitado, dificultado até mesmo que se erre a grafia da língua portuguesa, colaborando para manter um nível bem próximo do que chamamos de “linguagem culta”.
Some-se a isso, o fato de que estamos diante de uma geração muito inteligente, que já nasce com um teclado nas mãos, e que mesmo antes de aprender a ler, já sabe operar um celular muito melhor do que um adulto, valorizando aquela frase muito usada pelos camelôs nas ruas: “Não requer prática nem habilidade; qualquer criança pode fazer”.
A profusão de filmes, novelas, séries e, principalmente, a cascata de livros lançados no mercado, tem servido de incentivo para que novos escritores, cada vez mais jovens e com muito mais criatividade, adentrem o mercado literário, com seus textos sobre os mais variados temas: infantil, suspense, ficção, romântico, terror, entre tantos outros.
Diante de tudo isso, levando em consideração o título proposto, resta responder a pergunta feita: “O que é ser escritor?”. E a resposta não poderia ser mais transparente: é colocar no papel seus sentimentos, medos, anseios, desejos, objetivos, deixando sua criatividade iluminar sua mente, e deixar que seus dedos ágeis pressionem as teclas de seu computador, por algumas horas, dias ou semanas, até que em algum momento você possa achar que chegou ao fim de sua história.
Ao final, resta apenas admirar o resultado, enviar o seu texto para a Planeta Azul Editora, e confiar que em pouco tempo seu livro estará sendo impresso e lançado no mercado, pronto para ser autografado por você, coroando assim todo o seu trabalho.
Simples, não? Então, o que falta para se tornar escritor(a)?
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Uma anotação aqui, outra ali. Uma anotação da anotação que virou lembrete. Aquele lembrete adesivo da anotação perdida. Eu sou fã do papel! Papel branco. Papel colorido, grosso ou fino. Com pauta e sem. Cadernos grandes, pequenos, blocos. Ah bloquinhos! E assim quando menos espero, estou perdida no meu prazo. Flutuante do meu objetivo. Desviando completamente do andamento correto do meu trabalho. (Continuar Lendo)
Eu sou aquela encantadora de serpentes que se perdeu em suas curvas. O mundo tornou-se muito prático. Não há mais muito tempo para quase nada. As coisas caminham numa velocidade tão grande que chega a ser quase imperceptível. Como o bater das asas de um beija-flor.
No longo caminho dos mundos paralelos eu me perdia nos diálogos e parágrafos. O que era para estar pronto em uma semana levava dias! Muitos de nós temos dificuldade em estruturar nosso trabalho. Sou um exemplo real da necessidade de estrutura.
Eu vivia perdida entre o mundo imaginário e a matemática prática. Um dia achei a luz no final do túnel. Ferramentas que me auxiliam a desenvolver um trabalho agradável e organizado. Hoje, desenvolvo meu trabalho de forma rápida, prática e fácil. Ainda amo minhas anotações em papel. Tenho post-it para todos os lados. Mesmo com uma infinidade de pequenos papeis coloridos não abro mão das minhas ferramentas.
Nosso livro hoje não é mais mercadoria de uma editora. Estamos mais coparticipativos. Muito mais envolvidos com o processo. Não só o processo criativo, mas com todo processo de desenvolvimento final.
Como qualquer mercadoria, devemos compreender que fabricar o melhor produto para nossos leitores não é mais do que nossa obrigação.
Nosso produto tem que:
- Ter uma boa embalagem.
- Desempenhar suas características iniciais.
- Confiabilidade.
- Assistência técnica.
- Ter um preço acessível… etc.
Vamos supor que seu objetivo seja escrever um best-seller? Tudo que desejamos na vida precisa de FOCO, PLANEJAMENTO E AÇÃO. É assim que alcançamos os melhores resultados. Escrever um best-seller também não seria diferente. As ferramentas que apresento a você vão lhe auxiliar da seguinte forma:
- Apontar constantemente para o seu foco.
- Montar seu planejamento real.
- Desenvolver uma ação contínua.
- Melhorar suas ações a cada passo.
Se o objetivo é escrever um best-seller, vamos estipular um tempo máximo. Dois anos? Três anos? Não importa, tudo depende da sua vontade, sua criatividade e da forma como vai usar as ferramentas.
- Primeira ferramenta: 5W2H
O 5W2H nada mais é do que um questionador. Ele pode ser usado para todos os projetos que quiser, tanto na vida profissional, como na pessoal.
Numa folha, eu respondo as perguntas do esquema acima:
- O que quero? Escrever um best-seller.
- Por que isso é importante para mim? Por que eu quero?
- Para quando eu quero que aconteça? Daqui a quanto tempo?
- Como eu quero fazer isso? De que forma?
- Quem eu quero que me auxilie? Leia meus rascunhos?
- Quanto eu vou ter que gastar com material?
- Onde eu quero que isso aconteça?
A partir dessas questões respondidas, você ganhou FOCO e adquiriu CLAREZA! A partir de agora só precisa de um PLANEJAMENTO, AÇÃO CONTÍNUA e RESULTADO.
- Segunda ferramenta: Roadmap.
Respondidas essas questões, vamos passar para o Roadmap. Esse nada mais é do que uma leitura inversa do tempo. Uma técnica muito utilizada em quase todas as áreas de criação. Essa ferramenta é um mapa visual e descritivo. Serve para apontar todo o processo para o resultado final. Indo do fim ao começo.
Montamos o esquema vindo do final ao início. Seu primeiro ato seria estar numa entrevista na TV, afinal você escreveu um best-seller! O segundo seria dar entrevistas em revistas e jornais. Assim, monte passo a passo tudo que fará ANTES. E antes, e antes… Até chegar ao começo. Revise. Inclua as ações que possam ter faltado. Veja se há alguma ação muito longa e divide-a em duas. Faça todas as alterações. Defina todos os prazos cuidando para que o somatório se encaixe no prazo final. Agora montada, comece a seguir os passos de baixo para cima.
- Terceira ferramenta: Planilha.
Começamos com a ideia do livro, fazendo apontamentos. A partir daí, montamos a planilha de trabalho e damos prazo para cada item na planilha.
Minha planilha é bem detalhada, cada célula na verdade é uma linha dotada de um texto anexo. Abaixo, coloco um exemplo de como pode ser feita a sua. Acredito que planilha é algo bem pessoal e depende do que se vai escrever.
Tome como exemplo a célula “Geografia”. Nela, eu incluo coisas que vou descrever sucintamente na história, como: clima, características étnicas e raciais, transportes, agricultura, pecuária, objetos, utensílios, armas, relevo etc. Tudo depende do que pretende escrever. Cada trabalho acarreta uma necessidade mais ou menos de “ingredientes”. Você vai montar um bolo de domingo ou uma torta de frutas?
Há sempre mais detalhes pessoais. Por exemplo: no tempo final da planilha incluo um espaço para revisão das suas fases. Quero saber se não faltou nada. Ter certeza de que cada informação é distinta.
Continuando o processo de organização, faça uma primeira revisão e guarde. O trabalho fica na gaveta pelo menos duas semanas. Adicione esse tempo ao meu planejamento.
Depois de duas semanas tire a “criança” da gaveta e faça para uma revisão mais detalhada. Dê ênfase total à ortografia. Seu livro agora deve voltar para a gaveta e permanecer mais uma semana. Nas semanas em que o original ficar guardado, você deve se abstrair do seu conteúdo. É preciso estar com a cabeça limpa para fazer uma revisão eficiente. Nesse momento final, REGISTRE.
Estando de posse do seu registro de autoria, é aconselhável procurar ajuda profissional. Há bons profissionais no mercado. Eles não cobram tão caro e fazem um excelente serviço de capa, ilustração, conversão para e-pub etc. Aqui, na editora, temos vários serviços para o escritor, inclusive publicação impressa e digital. A equipe trata seu trabalho com muito profissionalismo e eficiência.
Logo após o recebimento dos trabalhos, envie seu original à editora. Aguarde o tempo de pausa onde seu livro será lido e analisado com a dedicação necessária. Algumas vezes ajustes financeiros e editoração são necessários. Não se esqueça de adicionar o tempo na gráfica.
Hora de lançar o livro. É hora de contratar uma assessoria de imprensa. Caso isso não seja possível, contrate uma equipe capaz no ramo. Você precisará de alguém que trabalhe bem com vídeos, sites e buscadores. Outro profissional que tenha muitos contatos em revistas e jornais para publicidade, e assim por diante.
A empresa de assessoria depois de fazer um estudo aprofundado do seu livro vai executar os seguintes serviços:
- Montar um videobook.
- Montar um vídeo de entrevista.
- Preparar o evento do lançamento do livro.
- Criar eventos para divulgação.
- Criar um trailler do livro no YouTube.
- Criar um site profissional para você e seu livro.
- Elaborar banners, convites, cartões, fotos…
- Configurar sua aparição no Google.
Enfim, fará com que você apareça como figura pública e seu livro como mercadoria desejada. Essa mesma empresa conseguirá palestras, entrevistas e publicações importantes.
Agora é hora de deixar a empresa ou equipe trabalhar a seu favor. Use esse tempo para cuidar de si e renovar suas forças, pois deverá estar pronto para todos os eventos profissionais e sociais que virão.
Embora o caminho tenha parecido longo, a forma como foi desenvolvida foi altamente profissional e objetiva. Isso fará com que, além do sucesso alcançado, você possa ter a certeza de que fez tudo no seu tempo. Tendo a certeza também de que consciente desse processo, os projetos futuros serão bem mais fluidos e brilhantes.
Boa Sorte!
↑ TopoEscrever?
– Sim, por que não? – Mas, não sei! Não sei escrever! – Sabe dizer?; – Dizer o que quer, ou que não quer?;– Isso eu sei! Mas…, é diferente de escrever! Por que não pode ser igual, com as mesmas palavras? Bem, devo confessar, o meu português é muito ruim, tenho vergonha, podem existir muitos erros, vão me gozar! Vou ficar envergonhado!
Se você está escrevendo no computador, o editor de texto vai corrigindo, se você está escrevendo em caderno ou numa folha de papel, eles vão aparecer, já que é cada vez mais raro consultarem dicionários. Mas, cá para nós, o que você tem a dizer é muito mais importante, ou seja, o conteúdo, a originalidade ao contar, as palavras escolhidas por você, seu jeito pessoal em dizer, em suma, sua maneira, o esboço da sua personalidade. É quanto basta. Depois, quanta coisa você tem a contar! Simples assim, do que gosta, do que não gosta, do que fez e tem orgulho, do que não fez e se arrepende, do que viu e ficou impressionado. Do que deseja inventar, das fantasias que sua imaginação está ansiosa para materializar numa folha de papel. Lista sem fim, resguardada a privacidade, aqueles detalhes que merecem permanecer afastados da divulgação, podem comprometer sua segurança, seus segredinhos, a bem da verdade todo mundo os têm e mantêm trancados “com sete chaves”.
Uma das grandes conquistas, hoje em dia, é o respeito pela diversidade, admitem os que se consideram diferentes, bem-vindos a dar contribuição, visão particular sobre determinado assunto e comportamento, independente de gênero, credo, cor, idade etc. Então, o que é preciso afinal de contas? Apenas CORAGEM. É o que a juventude tem de sobra, haja vista sua participação maciça, nas chamadas redes sociais, dando opiniões, assumindo posições, aparecendo “de corpo e alma”. Não é verdade?
Aqui, meu desafio é para público mais idoso, maduro, talvez aposentado ou desacelerando suas atividades profissionais. Não precisam ser tão idosos quanto eu, nos próximos meses completando oitenta e seis anos. Para nós, idosos, coragem não falta, afinal conseguimos ultrapassar tantos obstáculos, escolher alternativas, driblar conflitos que pareciam prestes conduzir à derrota. Vencemos, por que então derrotados pela timidez da escrita? Vamos escrever!
Pessoalmente, sempre aprendo muito ou no mínimo alguma coisa, quando leio depoimento de vivências, passagens típicas de quem as viveu em determinada circunstância, que não tive oportunidade de experimentar ou de conhecer. Essa aproximação das pessoas pela escrita é formidável, dá acesso a sentimentos que a superficialidade de uma comunicação telegráfica, com centena e meia de caracteres esconde.
A solidão desaparece quando está empenhado em se fazer entender, tem empatia na comunicação. Não vale alegar falta de tempo, por exemplo, imobilizados à frente das telas, novelas em sequência, sequestrando horas irrecuperáveis todos os dias. É bom lembrar: tempo perdido não volta. Ok, se isso lhe dá tanto prazer, mantenha-os, as migalhas que nos fazem felizes não devem ser desprezadas, nosso objetivo nessa passagem temporária e rápida é juntar o máximo de momentos felizes. Mas você terá oportunidade de ir além, ter prazer em dizer escrevendo, irá proporcioná-lo aos seus leitores, será menos egoísta.
Então, mãos à obra! Vamos escrever!
↑ TopoEscrever x Vender
Escrever um livro não é fácil. Publicá-lo, muito menos. E então começa a tarefa mais árdua: vender e tornar a obra e autores conhecidos, principalmente para escritores iniciantes.
O mercado editorial no Brasil é bastante restrito. Tanto o escritor quanto a editora esbarram pelo caminho com a “vontade” e aceitação das livrarias.
Para os novos escritores, sobram pequenos espaços ou um cantinho na última estante da livraria, onde a visibilidade é ínfima. As vitrines dão espaço principalmente a escritores já consagrados e best-sellers estrangeiros.
Temos também o impasse de as editoras não imprimirem em grandes quantidades nem destinarem grandes verbas para divulgação, em função do alto custo. O investimento é muito grande, sem garantia de retorno.
Como ser escritor então neste país tão desigual de oportunidades? Como ser editora e fazer chegar à mão dos leitores as novidades, num país que parece ter mais escritores do que leitores (digo: parece).
Editora e autor devem trabalhar em conjunto. Divulgar as obras e buscar novos espaços. Criar motivos e estarem sempre antenados às datas festivas, eventos. Deve existir sempre uma comunicação entre as partes. A editora possui muitos títulos a serem divulgados. Faz-se então necessária a participação do escritor.
Fica então a dica: É imprescindível o trabalho em conjunto entre escritor/editora. Vamos pensar fora do quadrado. Criar novos métodos. Inovar. Cabe a editora abrir o diálogo. Cabe ao escritor participar. Vamos divulgar nossos escritores nacionais. Vamos divulgar todos os livros. Não somente o que foi escritor por você.
Vamos abrir espaço para todos.